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Colunista

Mobilidade em Abrantes entra em colapso e moradores cobram soluções estruturais

O aumento significativo de condomínios e residências, aliado à falta de investimentos em infraestrutura, tornou insustentável o tráfego na Estrada do Coco — principal via de acesso que corta o distrito. O resultado é um trânsito constantemente congestionado, com impacto direto na qualidade de vida dos moradores e na segurança viária.

 

A região de Abrantes, em Camaçari, vive um cenário diário de congestionamentos, acidentes e dificuldades de mobilidade. A situação, embora grave, não é nova. Há anos, moradores e especialistas alertam para o crescimento acelerado da região e a ausência de planejamento urbano correspondente.

O aumento significativo de condomínios e residências, aliado à falta de investimentos em infraestrutura, tornou insustentável o tráfego na Estrada do Coco — principal via de acesso que corta o distrito. O resultado é um trânsito constantemente congestionado, com impacto direto na qualidade de vida dos moradores e na segurança viária.

Principais pontos de atenção:
    •    Falta de vias alternativas: Atualmente, não existem rotas que liguem diretamente Abrantes à Via Cascalheira ou à Via Metropolitana, concentrando todo o fluxo de veículos na Estrada do Coco.
    •    Infraestrutura viária insuficiente: São poucos os retornos disponíveis ao longo da estrada, e não há viadutos ou passagens de nível que permitam a travessia segura e eficiente entre os dois lados da via.
    •    Passarelas mal conservadas: As estruturas existentes são escassas, mal iluminadas e não oferecem segurança suficiente, o que desestimula o uso por pedestres.
    •    Iluminação pública deficiente: O trecho urbano da Estrada do Coco carece de iluminação adequada, fator que contribui para o aumento dos acidentes e da sensação de insegurança.
    •    Transporte público precário: A oferta de transporte coletivo é limitada e muitas vezes ineficiente, levando parte da população a recorrer ao transporte clandestino.

Diante do atual cenário, moradores têm questionado por que medidas preventivas não foram tomadas antes do agravamento da situação. O crescimento populacional e imobiliário da região era previsível e, segundo especialistas, deveria ter sido acompanhado por investimentos proporcionais em mobilidade urbana e serviços públicos.

Propostas e encaminhamentos:

Medidas de curto prazo:
    •    Instalação imediata de iluminação pública no trecho urbano da Estrada do Coco;
    •    Requalificação e ampliação das passarelas de pedestres;
    •    Criação de novos retornos e melhorias na sinalização viária;
    •    Ampliação e reforço da frota de transporte público regular.

Medidas de médio e longo prazo:
    •    Planejamento e construção de vias alternativas integrando Abrantes à Via Cascalheira e à Via Metropolitana;
    •    Estudo técnico para implantação de viadutos ou passagens subterrâneas nos principais cruzamentos;
    •    Atualização do plano diretor urbano, considerando o crescimento da região e a demanda por serviços.

A situação de Abrantes reflete um desafio comum em áreas de expansão urbana: o crescimento rápido sem infraestrutura correspondente. A adoção de soluções técnicas e planejamento de longo prazo é fundamental para garantir segurança, fluidez no trânsito e qualidade de vida à população local. A comunidade segue aguardando respostas concretas da gestão pública.
 

Por: Jaílce Andrade

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