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Colunista

O poder que o povo não exerce

As políticas públicas, muitas vezes, não alcançam quem mais precisa, e a população em situação de vulnerabilidade cresce ano após ano

 

O Brasil é uma democracia, e, em tese, o poder está nas mãos do povo. Afinal, sem o voto, nenhum político chegaria ao cargo. No entanto, na prática, a realidade é outra. Quem mais se beneficia desse poder são justamente aqueles que deveriam servi-lo: os políticos. Eles chegam ao poder, recebem salários altíssimos, acumulam privilégios e desfrutam de influência. Enquanto isso, boa parte da população continua enfrentando pobreza, fome e escassez.
A desigualdade é gritante. Enquanto parlamentares e autoridades recebem dezenas de milhares de reais por mês, a renda média da população segue muito abaixo disso. .As políticas públicas, muitas vezes, não alcançam quem mais precisa, e a população em situação de vulnerabilidade cresce ano após ano Mesmo avanços pontuais na redução da pobreza e pequenas melhorias na renda não são suficientes para equilibrar a balança.
O ponto central é que o povo tem poder, mas não o exerce plenamente. Votar é apenas o começo; é preciso consciência política, cobrança constante e engajamento social. Se o poder do voto não se traduz em participação real, em fiscalização e em exigência de responsabilidade, ele continua servindo mais aos políticos do que à sociedade. A democracia existe no papel, mas precisa ser praticada diariamente para que o poder do povo deixe de ser apenas uma promessa e se transforme em resultado concreto.

 

Por: Vânia Vìgo é jornalista e escritora

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