A atriz Suzana Pires esteve no último domingo (12/10), em Vila de Abrantes, no encerramento do curso de formação em empreendedorismo feminino “A Jornada Dona de Si”, onde mulheres gratuitamente foram capacitadas para abrir o próprio negócio. O evento aconteceu no Teatro Tupinambás, no Colégio Estadual de Tempo Integral de Vila de Abrantes (CETIVA), com o apoio da Associação Tivemos que Aprender a Ser Feliz (TAF) e as Casas Bahia.
Ao Portal, Suzana contou que a ideia do projeto surgiu de uma dor própria. “O Instituto Dona de Si já tem seis anos, ele que me guia, não sou eu que guio mais, e ele nasceu quando eu entendi que por mais que eu fizesse um bom trabalho, por mais que eu tivesse bem no mundo, eu tinha que provar muito para confiarem a mim, pra me darem a oportunidade que eu precisava, e aí comecei a pensar que se isso estava acontecendo comigo que tenho muitos privilégios, estou em um grande centro, as pessoas me conhecem, estou na casa das pessoas todos os dias através de um personagem, então como estariam essas mulheres que não tem esses privilégios? Eu comecei a pesquisar, ler as cartas das minhas leitoras na coluna Dona de Si e decidi fazer o instituto, desde então não paramos mais”, explicou.
Sobre os impactos do projeto na sua vida e na vida das mulheres, Suzana destaca que não tem noção, mas se sente realizada por ser positivo. “Quando eu tive a oportunidade de lançar o meu livro não só no Brasil como também nos Estados Unidos, e é um livro que conta a história do Instituto, com o prefácio assinado pela Sharon Stone, foi muito bacana porque ela é uma mulher muito de verdade, e fiquei impactada de ver o quanto ela é de verdade. Então, hoje a mensagem do Instituto está no mundo, eu não tenho controle sobre esse impacto e eu não preciso ter o controle sobre isso porque impacta positivamente as mulheres, porque quando uma mulher é impactada positivamente, tudo vai melhorar, o marido, os filhos, a relação com o mundo, e temos muitas mulheres talentosas no Brasil, prontas para mudar a economia do país”, afirmou.
Suzana, que além de atriz e fundadora do Instituto, é também escritora, produtora executiva, diretora e empreendedora, ressalta que não nega nenhuma de suas potências. “E isso tem seu preço, obvio, porque as coisas ficam difíceis quando você não entra em uma caixinha, mas chegou uma hora que eu falei que não iria entrar em nenhuma caixa mesmo, decisi ser eu, respeitando os meus talentos, as pessoas, trabalhando em equipe e vendo onde isso iria dar e tá dando bom. Eu não tenho paciência para ficar de personagem na vida, e até quando eu vou fazer um personagem eu quero algo de identidade, eu busco a verdade absoluta daquela cena, daquele personagem, então eu tenho que buscar isso primeiro na minha vida. Eu sou uma pessoa normal, artista, e isso não me faz maior ou melhor do que ninguém”, declarou.
Para finalizar, Suzana que hoje mora em Los Angeles, deixou uma mensagem para as mulheres brasileiras. “A inspiração tem mão dupla, se eu inspiro vocês, vocês também me inspiram, e quando vocês me inspiram eu consigo inspirar vocês, aí é uma rede, a gente tem que fazer essa potência funcionar, e essa potência se chama mulheres brasileiras. Nós somos o máximo, sou louca nas mulheres brasileiras. Eu tenho noção porque estou sendo absorvida lá profissionalmente, por causa do talento que eu tenho, mas principalmente pela visão de mundo que a mulher brasileira tem. Nós temos muitas camadas, não é para a gente ficar achando que somos menos que ninguém, porque temos muito para contribuir para o mundo. Então é por isso que eu continuo trabalhando não só fazendo filmes no Brasil, mas trabalhando para que as mulheres daqui tenham mais força”, ressaltou.
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