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Derramaram o leite

O que temos é bate boca público com registros policiais, desqualificação de pessoas e grupos, falta de postura, utilização de termos chulos e imposição de imagens a qualquer custo, inclusive ao arrepio da legislação eleitoral.

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A primeira administração municipal de Camaçari deu-se em março de 1948 com a posse de Joao Oswaldo de Araujo (UDN) interrompida em outubro de 1951 com o suicídio do prefeito no exercício do cargo. O segundo Hermógenes Bispo de Souza (PSD) teve início em janeiro de 1952 tendo solicitado a renúncia em janeiro de 1955. Em janeiro de 1973, o prefeito José Vitorino dos Santos (ARENA) eleito em sufrágio universal é destituído e o novo mandatário Antônio Andrade Silva é nomeado pelo governador do Estado.

A história não registra nenhum movimento popular que aventou a possibilidade de organização popular para reorientar os movimentos políticos com prejuízos incalculáveis ao desenvolvimento local e a organização da sociedade civil. A partir de 1975 passa a surgir movimentos provocados pelas entidades eclesiais de base na busca de minimizar as carências dos trabalhadores e dos moradores dos bairros periféricos, assim como notabilizar e divulgar o evangélico entre a população. A fundação de associações comunitárias e de sindicatos de trabalhadores foi uma estratégia bem-sucedida, chegando a eleger em 1986, Luiz Carlos Caetano (PMDB) prefeito municipal para o biênio de transição.

Agora, se percebe que a história, a modernização dos meios de convivência urbana, a tecnologia e a proximidade da capital não foram suficientes para criação de uma postura política compatível com essa realidade. Até então, Camaçari não dispõe de um projeto estratégico de desenvolvimento (um estudo foi feito em 2008, por professores da UFBa. e os administradores não deram prosseguimento; não tem um serviço de transportes coletivos que atenda às necessidades da população; não tem um plano de expansão urbana; não tem uma política de proteção e preservação ambiental, de registro e sítios históricos; não tem, não tem, não tem.

O que temos é bate boca público com registros policiais, desqualificação de pessoas e grupos, falta de postura, utilização de termos chulos e imposição de imagens a qualquer custo, inclusive ao arrepio da legislação eleitoral.

É isso que podemos esperar dos pretensos candidatos ao gerenciamento dos interesses do município. É isso que a população requer, necessita e espera?

Quem viver verá.

Que DEUS os Orixás nos protejam.

Adelmo Borges

Adelmo

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