Facebook
  RSS
  Whatsapp

Revolução pelo voto

Compartilhar

 

Desde 2018, com a ascensão de Jair Bolsonaro ao governo central do Brasil, a democracia passa por um teste em relação a sua consolidação. Mesmo tendo ganho as eleições, o atual presidente tem a contestar o sistema eleitoral, particularmente as urnas eletrônicas (que o elegeu) que desde a sua implantação não dispõe de um único episódio que atente contra a sua segurança e revelação fiel aos resultados da vontade livre e soberana do eleitor brasileiro.

Em 1532, os moradores de São Vicente, primeira vila fundada por portugueses no Brasil, elegeram indiretamente os oficiais de seu Conselho Municipal. A prática de escolher os representantes locais tornou-se corriqueira ao longo do período colonial para os cargos de juiz de paz, procuradores e vereadores (responsáveis pela administração municipal, já que não havia prefeitos). Mas atuar como eleitor e ocupar funções na governança local eram direitos apenas de grandes proprietários de terra e donos de escravos, os “homens bons”.

As votações deixaram de ser restritas ao âmbito municipal no Brasil apenas na época da Independência, em 1822. A experiência internacional fez com que o processo eleitoral passasse a ser visto como peça fundamental da organização política nacional, e os dirigentes criaram uma nova estrutura administrativa e um sistema representativo, ampliando as eleições para deputados e senadores.

Com a proclamação da República, em 1889, e a adoção do presidencialismo, dois anos depois, o direito ao voto se estenderia ainda mais. Em 1894, pela primeira vez, um presidente (Prudente de Morais) foi escolhido diretamente pelos eleitores, embora ainda poucos votassem.

Em outubro de 2022, segundo dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) há 156.454.011 potenciais eleitores, alta de 6% em relação ao último pleito presidencial, em 2018. A votação decidirá os cargos de presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual ou distrital.

Diferentemente de 2018 e 2014, a maioria dos eleitores neste ano declararam ter o ensino médio completo, equivalente a 26% do eleitorado. Nas duas eleições gerais anteriores a maior parte tinha o ensino fundamental incompleto.

A região sudeste possui 42,64% dos eleitores, nordeste 27,11%, sul, 14,42%, centro oeste 7,36% e norte 0,03%. Por faixa etária as pessoas entre 25 a 44 anos representam 40,72%, os de 16 a 24 anos 13,74%, de 45 a 69 anos 6,03% e os de 70 a 100 anos 9,52%. As mulheres representam 52,65% do eleitorado e os homens 47,33%.

Fato relevante que tem se manifestado são as intenções do voto por classes e categorias. Os seguimentos se organizam para integrar o parlamento federal e estadual, assim como as câmaras de vereadores como pessoas dos seus agrupamentos profissionais, por gêneros, por raça, por crença e religiões, por capacidades econômicas. Se assim ocorrer as representações passas a se constituir no extrato da população e enriquecerá os debates no que se refere a proposições socioeconômicas.

Vida que segue.

Que DEUS e os Orixás nos iluminem e nos protejam.

Adelmo Borges

Adelmo Borges

Mais de Adelmo Borges