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A sustentação dos princípios democráticos e do estado de direito, passa pela harmonia e independência entre os poderes (executivo, legislativo e judiciário) , respeito e obediência à constituição e as leis ordinárias.  A Constituição Brasileira homologada pelo Congresso Nacional em 1988, foi constituída por uma comissão composta de senadores e deputados com a atribuição de ouvir, analisar contribuição dos pares, de especialistas e a sociedade. Assim não se nega o quanto foi e são importantes os debates de ideias das inúmeras correntes de pensamento na elaboração da Carta Magna, assim como na elaboração das leis complementares. No contexto se destaca a presença dos partidos políticos como fonte de posições ideológicas, seja ela de extrema direita ou de extrema esquerda (passando pelo centro) ao traduzir a pluralidade da sociedade verbalizada a partir da eleição dos seus representantes em votação secreta em todos os níveis dos poderes executivo e legislativo.

Assim, como lamentamos tempos atras o processo do impedimento da presidente Dilma, hoje identificado judicialmente com um processo viciado pelos interesses de um grupo capitaneado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha o que levou o Partido dos Trabalhadores a aprofundar uma crise inicialmente instalada com os procedimentos denominados como Petrolão e em seguida pela Lava Jato, essa ultima considerada abusiva e destituída de imparcialidade pelo Supremo Tribunal Federal – STF, criando espaço para um governo de extrema direita (sem nenhum sentimento contrário à alternância dos poderes)

O Brasil que já conviveu com a ditadura de Getúlio Vargas e militar (1964) e posteriormente já viu no poder partidos de centro direita (José Sarney, Alencar e Collor de Melo) e social democrata (PSDB e PT) e atualmente de extrema direita (Bolsonaro), não pode prescindir de partidos sólidos e com ideias definidas fundamento que possibilite o aprofundamento nos debate para a livre escolha das propostas pela sociedade periodicamente em eleições, Preocupa, assim a crise em que passa o PSDB, partido com bons quadros, que governou o país dois mandatos tendo contribuído com a modernização das práticas de gestões modernas e racionais, que por correlação de forças internas declinou de sua historia e em 2018 levou uma facção a apoiar um candidato de extrema direita.

Sim, a democracia brasileira não pode prescindir do debate de ideia s, notadamente por conviver, também, com instituições partidárias sem definição de ideias (PSL, PMDB, PSD, Cidadania, Solidariedade, NOVO, PODEMOS, etc.), assim como pelo pouco acessibilidade de partidos como PSTU, PROS e outros que tem se mantido periféricos de outros mais estruturados (PV, PCdoB, Rede, PSOL).

O País se encontra em fase eleitoral e os eleitores devem ir as urnas no próximo mês de outubro no sentido de escolher chefe do executivo para a presidência da república e governo dos estados, deputados federais e estaduais, senadores. É imprescindível que os eleitores estejam bem informados das propostas apresentadas para escolhas conscientes e responsáveis visando os interesses da nação e sua população.

Vida que segue.

Que DEUS e os Orixás nos protejam.

Adelmo Borges