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A arte do impossível

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Os clássicos da politica costuma citar o impossível como inexistente nas praticas dessa atividade. “Não existe o impossível na política” seja ela partidária, comunitária ou de representação de classe. Assim situações e ocorrências inéditas habitam nosso cotidiano.

No atual momento eleitoral majoritário no Brasil, se registra o esforço nefasto do ex-juiz Sergio Mouro na tentativa de se colocar como pleiteante ao cargo de presidente em outubro. Mouro se colocou como principal instrumento, em 2018, para afastar Luiz Inácio Lula da Silva da competição, vindo a utilizar manobras antijurídicas para alcançar seus objetivos, segundo o Supremo Tribunal de Justiça. Como prêmio foi nomeado ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro com a promessa de ser indicado para 0 STJ, cargo em que foi demitido prematuramente por não se ajustar ao modelo autoritário do presidente e a seus assessores do gabinete paralelo. Assim Moro volta a cena, filiando-se ao Podemos para disputar o cargo majoritário da república. Despontando no terceiro lugar, abaixo da polarização Lula X Bolsonaro, em menos de 60 dias resolve mudar para o União Brasil, onde foi impedido de alcançar esse objetivo, no entanto afirma que continua candidato.

Outro fato marcando tem como protagonista o ex-governador de São Paulo, Dória e o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. Ambos filiados ao PSDB participaram de uma previa interna que indicou Dória como candidato do partido ao Palacio da Alvorada.  O grande trunfo de Dória foi a iniciativa de garantir aos brasileiros a vacina anticovid – CoronaVac- quando o governo central patinava em negacionista para inviabilizar a compra e imunização da população. Fato é que tal fato não foi reconhecido pela população e Dória se mantem com 2% da preferencia dos eleitores brasileiros o que motiva Eduardo Leite em se manter nas articulações para se manter no pleito com os incentivos de figurões do Partido da Social Democracia do Brasil.

Simone Tebet foi a indicação do PMDB para participar da corrida ao Planalto Central. Tebet não se afasta dos 1% nas pesquisas o que alimenta os políticos, notadamente do Nordeste em se manter ao lado de Lula, - que desponta com 62% da preferência dos eleitores - visando oportunizar sucesso em seus pleitos de eleição e reeleição para cargos proporcionais nos estados, na Câmara Federal e no Senado. Simone resiste e busca articular com o PSDB – Doria e Eduardo Leite -, União Brasil -Bivar – e Freire, no sentido de unir forças e definir um nome que possa ser competitivo e representar o Centro Democrático.

Jair Bolsonaro com a edição de pacotes de bondade, o Centrão e sua base de extrema direita considera ser suficiente para enfrentar Lula – que lidera a corrida com 5 a 8 pontos percentuais de vantagens – que busca ampliar os apoios com a chegada do Alkmin (PSB) para compor a chapa como vice, dissidentes do PMDB e parte do PSD no sentido de liquidar a peleja no primeiro turno.

Assim segue o jogo. Quem viver verá.

Que DEUS e os Orixás  nos protejam.

Adelmo Borges  
 

Adelmo Borges

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