Na última sexta-feira (18/04), foi inaugurada a nova sede do Partido dos Trabalhadores de Camaçari. E em mais um Papo Aberto Papo Reto, o Portal na oportunidade entrevistou com o presidente da sigla no município, o professor Marcio Neves, que iniciou a conversa exaltando que tem “certeza da luta e de tudo que o PT representa no país”.
Márcio declarou sua felicidade em inaugurar a sede própria e a representatividade do partido em todos os níveis na política do país. “Tem um passivo nas gestões anteriores onde os melhores quadros da política foram para os governos do PT nos municípios, estados e até governo federal. Muitos saíram das universidades, da luta sindical, de outros espaços e que vieram ocupar o governo e é uma critica interna que nos afastamos dos movimentos populares, dos movimentos sociais, e precisamos trabalhar para não deixar isso acontecer novamente. Então essa sede representa isso”, disse.
Sobre o discurso de bastidores que o PT em Camaçari tem dono e que seria o ex-prefeito Luiz Caetano, o presidente do partido ressalta que a fala vem de quem quer descontruir uma história. “O PT é um partido de disputa, e para disputar a gente precisa ir para rua, a gente precisa estar dentro da executiva discutindo. Para colocar um trio na rua, para pagar um aluguel, a gente precisa de dinheiro e as pessoas acham que o dinheiro surge de onde? Alguém trabalha para bancar isso e essa nova casa foi construída por muitas mãos, muito boa vontade, fizemos até ‘chá de casa nova’, desde grampeador até uma garrafa térmica. E essas pessoas que fazem esse tipo de comentário ajudaram em que? Isso aqui não é dinheiro meu, é dinheiro da militância que ajudou a vender as rifas e fizemos na maior honestidade”, ressaltou.
Sobre o rompimento do Partido Progressistas (PP) com o governo da Bahia, Marcio pontua que divergências são comuns em espaços de disputa política. “Não existe bate cabeça no PT, o que existe é respeito a todo mundo, então é natural que para você fazer um debate grande com grandes nomes da política baiana, que não são só do PT, e com as direções partidárias, requer tempo, debate, e uma decisão agrada a um bloco, outra decisão agrada a outro bloco, e foi isso que aconteceu, a gente confia em nossos líderes, as decisões foram tomadas, dentro de uma concepção que só deu para chegar até aí. Rui fez um esforço muito grande para manter o PP, mas não foi possível e tem coisa que não dar para abrir mão. Vão os anéis e ficam os dedos”.
Em relação a como o partido pretende emplacar o nome do secretário de Educação do Estado Jerônimo Rodrigues, como pré-candidato a governador da Bahia, Marcio responde dando um exemplo. “Uma análise que a gente faz é: no cenário que Rui estava com 2% era um cenário muito pior de desgaste, da persignação política, jurídica, de alguns meios de comunicação que perseguiam o PT, e ainda assim ganhamos no primeiro turno; Hoje estamos em um cenário de ascensão, uma situação extremamente privilegiada. O PT hoje tem 30% na opinião pública e esse voto quando estávamos fazendo pesquisa interna para averiguar quem seria o melhor nome, entre Moema, Caetano, Jerônimo e outros, estavam tecnicamente empatados, e para o público que vota com o PT, votaria em qualquer quadro e estamos aqui muito tranquilos”, finalizou.
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