O Portal recebeu de um grupo de moradores da Las Palmas, em Vila de Abrantes, uma Carta Aberta onde eles relatam que os acordos firmados há 20 anos, que garantem a eles “o uso justo e prático da praça de pedágio que antes era administrada pela Concessionária Litoral Norte (CLN), especialmente em relação ao acesso separado e ponto de retorno”, não estão sendo cumpridos. Segundo o documento, a cada troca de operador [sendo o mais recente a empresa Monte Norte Rodovias], as condições não são garantidas.
De acordo com os moradores, a Monte Norte está negando aos moradores o direito de registrar quatro veículos adicionais para visitantes. “Isso representa uma clara violação do acordo de longa data com a CLN, sendo respaldado por documentos escritos e direito consuetudinário”, diz a Carta.
Além disso, os moradores afirmam que a permissão para que os veículos utilizassem apenas o ponto de retorno e pagassem uma vez, está sendo completamente ignorada. “Todas as mudanças foram decididas unilateralmente pela Monte Norte, sem qualquer comunicação ou aviso prévio aos moradores”, pontuam.
A Carta Aberta visa chamar a atenção do poder público para essa demanda de mobilidade. Veja abaixo o documento na íntegra:
Carta Aberta dos Moradores de Las Palmas
Apelo urgente contra a crescente discriminação pela praça de pedágio CLN / Monte Norte Rodovias
Prezados Senhores ……
Nós, moradores de Las Palmas, nos dirigimos ao Publico com grande preocupação e crescente descontentamento. Há mais de 20 anos, existem acordos escritos e vivenciados entre a antiga operadora CLN e nossa comunidade. Esses acordos garantem aos moradores o uso justo e prático da praça de pedágio, especialmente em relação ao acesso separado e ao ponto de retorno.
No entanto, com cada troca de operador – mais recentemente com a empresa Monte Norte Rodovias – as nossas condições têm se deteriorado drasticamente.
Para recordar:
• Um acesso separado para Las Palmas foi acordado, aprovado e assegurado por escrito no momento da construção da estação com a CLN e a antiga DERBA. Esse acesso não foi implementado até hoje (prova: veja a carta em anexo).
• Como compensação, foi concedido o direito de passagem gratuita e retorno para dois veículos por domicílio. Posteriormente, essa regra foi ampliada para seis veículos, visto que visitantes, prestadores de serviços e entregadores também foram afetados e não podiam mais retornar antes da praça de pedágio. ( NO inicio as colaboradores abriram as cones no meio fio para as veículos indo para Las Palmas.
• Essa regra foi respeitada por anos e a troca de veículos registrados era feita de forma simples na CLN, com prazo de 24 horas.
Com a transferência para INVAPAR, a situação piorou ainda mais:
• O ponto de retorno foi desnecessariamente deslocado para uma distância maior.
• Veículos de entrega e com logotipo de empresas passaram a ser obrigados a pagar duas vezes, apenas para retornar.
• O prazo de processamento do cadastro de veículos foi aumentado para sete dias úteis.
Atualmente, a Monte Norte está negando aos moradores o direito de registrar quatro veículos adicionais para visitantes. Isso representa uma clara violação do acordo de longa data com a CLN – um acordo que é respaldado por documentos escritos e direito consuetudinário.
Além disso, a antiga regra, que permitia que os veículos que utilizassem apenas o ponto de retorno pagassem uma vez, está sendo completamente ignorada.
Todas as mudanças foram decididas unilateralmente pela Monte Norte, sem qualquer comunicação ou aviso prévio aos moradores.
A nova administração da empresa parece não ter nenhum compromisso social e ignora ativamente os longos anos de boas relações entre a praça de pedágio e a comunidade. Ignorância substitui o diálogo, e direitos adquiridos estão sendo descartados sem consulta prévia.
Nós exigimos:
1. A imediata restauração da regra anterior, com o registro de seis veículos.
2. O reconhecimento dos acordos existentes com a CLN como válidos e obrigatórios.
3. A implementação do acesso separado prometido para Las Palmas.
4. Uma reunião oficial com a AGERBA, a administração da Monte Norte e representantes da nossa comunidade.
5. Apoio da mídia e dos políticos para tornar esses problemas públicos e buscar uma solução justa.
Não pode ser que usuários da estrada entre Aracaju e Arembepe, com mais de 250 km de percurso, a utilizem gratuitamente, enquanto nós, moradores locais, somos cobrados duas vezes apenas para chegar à nossa própria casa ou receber visitas.
Isso não é justo nem socialmente aceitável.
Agradecemos a sua atenção e esperamos contar com o seu apoio, em nome das famílias afetadas e em busca de uma solução justa e socialmente responsável.
Os Moradores de Las Palmasres de Las Palmas
Comentários (0)
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Comentar