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Colunista

Matar o Natal e o sonho do Ano Bom jamais!

 

Amaldiçoados até a quinta geração conspiradores do grande reino passam o Natal entre as grades e se tornam presidiários sem direito à anistia pelos crimes de planejar a morte dos outros a cada quadra das viradas de ruas  que os separam da civilização festeira e mal nenhum  lhes fizera. Sem eles as comemorações do Natal Todo Dia do Deus menino ganha vida deveras festejada, retorna ao sonho que pela manhã se transforma em realidade de um puro clima fraterno indispensável à evolução dos tempos e cumprimento do fechamento de ciclos

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No reino da representação de todos para todos entende-se que a pacificação da sociedade passa pela punição exemplar dos detratores infelizes da ordem democrática. Não há espaço para a desordem em nome do capital usurpador  programada e patrocinada pela figura  simbólica do boi voador que auto se transmuta boi terrorista, boi bomba de uma aparentemente  lesa manada, perigosa, pertencente a um clã barulhento formado por um ampliado quinteto destronado a lançar poderosos  tentáculos imaginários além dos limites permitidos. Tentada talvez pela coroa real reluzente  não declarada à receita Federal do mundo real que resiste em guarda ideal. Qualquer semelhança dessa história com o cenário nada fictício dos dias de hoje não é mera  coincidência.


Natal é uma festa familiar em circuito fechado restrito, mas abre-se a exceção quando das nossas incursões do lado de fora, antecipadas e atraídas pelos sabores da culinária da época degustados em ruas, praças, shoppings e restaurantes para felicidade dos transeuntes consumistas, frequentadores fiéis  embalados pelo décimo terceiro salário conquistado pela luta dos trabalhadores. Não faltam os temas tropicais nos quatro cantos e nas vitrines com vestígio da neve que vai sumindo a galope no Polo Norte, atingido pelas mudanças climáticas a castigar o planeta devastado pela falta de consciência da pseudo humanidade.


Neste embalo juntam-se às comemorações conquistas, erros e acertos que entram no balanço de encerramento no fim de ano. Alegre por ganho de mais um dinheirinho extra às vésperas das boas festas, o povo otimista encontra de novo o sentido do renascimento do símbolo da esperança em Cristo a cada estímulo oficial ao congraçamento entre os de diferentes credos e ateus desejosos de um próspero Ano Novo. Tudo envolto em rituais de purificação de banhos de folha, nas vestimentas das cores de seus orixás e reposição das energias do otimismo genuíno dos brasileiros que não toleram discriminação e opressão.
 

Por: Angélica Ferraz, jornalista, ambientalista e colunista do Portal

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