O Malê Debalê chegou encantando os foliões no circuito Osmar (Campo Grande) neste sábado (10) de carnaval com figurinos, maquiagem e coreografias impecáveis. O tema escolhido para esse ano foi “O que é bom, o nordeste tem”, uma celebração à identidade afro-indígena que alicerça os nove estados da nossa região.
De acordo com o diretor-geral do bloco, Celso Di’niçu, o nordeste sempre foi destaque no Brasil. “Nós temos um tema super forte e estamos muito felizes de homenagear os blocos afro porque nossa terra respira a descendência. Os blocos afro fazem um trabalho durante todo o ano formando cidadãos, preparando as pessoas para o futuro. Não se pode fazer nenhum tipo de mudança se não for pela educação”, explicou.
O folião Alex Santos, que participa do bloco há 25 anos, disse que o Malê tem um trabalho muito importante para a comunidade. “A parte cultural é desenvolvida, eles resgatam as crianças para vários cursos e tem uma participação emblemática no nosso bairro”, explicou.
Diretamente de Itapuã, o maior balé afro do mundo se apresenta no bloco com 21 alas, mais de 600 dançarinos, gingando no ritmo da banda e seus 80 artistas percussionistas.
Para a foliã Itala Geane, os blocos afro representam o nosso povo negro. “A gente veio da cultura africana e eu amo o Malê. Esse é meu primeiro ano no bloco e a expectativa é dançar bastante com meu figurino de baiana”, afirma.
A inspiração da concepção visual, cenográfica e coreográfica do desfile é a cultura popular. Eles têm a referência das Ganhadeiras de Itapuã, a dança do Caboclo e Cabocla de Lança, o Samba do Recôncavo Baiano, Capoeira, Maculelê, Bonecas de Pano da Kalunga, Bumba meu Boi, e toda reverência aos Orixás Ogum e Oxum, guardiães do Malê Debalê.
O Malê Debalê, que faz parte do Carnaval Ouro Negro do Governo do Estado, também desfila na segunda no circuito Osmar (Campo Grande), terça no circuito Dodô (Barra) e domingo em Itapuã.
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