Na manhã desta terça-feira (21/11), a filha da cantora gospel Sara Mariano, de 11 anos, prestou depoimento na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). A criança não sabe como sua mãe foi assassinada, apenas que “está no céu e que o pai é inocente”, segundo a advogada da família da pastora, Sarah Barros.
A advogada de defesa ainda disse em entrevista, que a criança não está saindo de casa, não tem assistindo televisão e nem tem acesso ao celular, que por isso não sabe o andamento do caso. "Imagine como está a cabeça dessa criança. Uma coisa eu digo sempre, faltou um pouco de empatia no cuidado da família paterna de entender o momento dos familiares maternos. Todas as famílias são vítimas disso tudo, mas essa criança é a principal vítima", pontuou Sarah Barros.
Ainda segundo a advogada, no próximo dia 29 será realizada uma audiência para decidir se a guarda da menina vai ficar com a família materna ou paterna. Por enquanto a decisão não é tomada, por meio de uma determinação judicial, a criança visitou a mãe de Sara Mariano, a senhora Dolores Correia, e já tem agendado outros encontros, caso a neta aceite.
Entenda o caso
No dia 24 de outubro, a cantora gospel Sara Mariano teria saído de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, rumo a Dias d’Ávila onde se apresentaria em um evento religioso, mas desde então desapareceu. O marido, Ederlan Mariano, dias depois prestou queixa no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) sobre o seu desaparecimento, afirmando que não sabia se ela tinha chegado no local.
O corpo de Sara Mariano foi encontrado dia 27 de outubro, às margens da BA-093, carbonizado. No mesmo dia, Ederlan foi preso, onde inicialmente teria confessado o crime, sendo essa informação negada por sua defesa. Ele está atualmente no Complexo da Mata Escura.
Já foram presos três dos suspeitos de envolvimento na morte da cantora que afirmaram em depoimento participação no crime a mando de Ederlan. Weslen Pablo Correia de Jesus, mais conhecido como Bispo Zadoque, Victor Gabriel Oliveira Neves e Gideão Duarte de Lima deram detalhes à polícia que receberam dinheiro do marido da vítima para cometer o assassinato.
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