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Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal gera manifestação da plenária e bate-boca entre vereadores na Câmara de Camaçari

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Uma reunião em plenário realizada na base do grito. Assim foi a 11º Sessão Ordinária do 2º período legislativo, na manhã desta terça-feira (19/09), na Câmara de Camaçari. A apreciação de um Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal gerou manifestação da plenária e bate-boca entre vereadores de situação e oposição.

Antes mesmo de ser lido o Projeto de Lei de nº 1135/2023, para instituir "o Fundo de Modernização da Procuradoria-Geral do Município de Camaçari – FUMPGMC”, o presidente do Sindicatos dos Servidores Públicos do Município de Camaçari (Sindsec), Edmilson Jesus, usando um apito interrompeu a sessão e pediu que os servidores se manifestassem. “Isso aqui é a Casa do Povo. Hoje aqui vai ser aprovada mais uma Lei que afeta as contas públicas e não tem revisão para este povo [servidores públicos]. Não tem revisão para aposentados que estão passando fome”, disse antes de voltar a apitar.

A sessão, que estava sendo presidida pelo vereador Niltinho (PSDB), foi suspensa por cinco minutos, enquanto a plenária cantava músicas, apitava e protestava. O retorno da atividade foi ainda mais conturbado, e após não ter diálogo e nem entendimento, os parlamentares decidiram que apreciariam as matérias. Mesmo com o barulho, e a tentativa dos vereadores de oposição em suspender a atividade, o Projeto de Lei em questão, foi aprovado.

Em entrevista ao Portal, o vereador Vavau (PSB), disse que servidores se manifestaram contra, porque eles queriam participar da discussão. “Eles querem melhorias para todas as categorias e não só para uma, então, estão com a razão. Nós da bancada de oposição estamos aqui para defender o povo de uma maneira que não venha a prejudicar ninguém, e o caminho é esse aí. Eu, junto com os vereadores Tagner e Dentinho, entendemos que temos que estar aqui para discutir, mas o presidente que estava presidindo a sessão, entendeu que tinha que terminar a sessão naquela zoada toda, e não pode, a Câmara não autoriza isso. O Projeto de Lei foi aprovado sem discussão com a categoria, com o sindicato e eles estão pedindo isso, para fazer parte da discussão, mas a Câmara veio e aprovou dessa maneira, onde três vereadores de oposição não estavam de acordo”, opinou.

A servidora pública Carina Vasques, relatou que a categoria estava na Casa buscando o diálogo. “É bem triste em ver a forma como os vereadores conduziram a plenária. Estamos aqui para solicitar o reajuste salarial que há seis anos a gente não tem, reajuste do transporte, alimentação, melhores condições de trabalho, e esse é o nosso movimento. Mas a gente ainda não teve uma mesa aberta de negociação para que isso aconteça. Hoje foi feita uma votação na Câmara de algo que prejudica a todos os outros servidores, então a gente estava aqui para solicitar que não fosse votado antes de sentar com a gente para poder fazer esse diálogo”, concluiu.

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