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Dunas de Jauá recebeu ação coletiva de limpeza nesta segunda-feira (14)

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Ambientalistas, nativos, órgãos de proteção, setor público, privado, associações, entidades não-governamentais e sociedade civil, participaram de uma ação coletiva de limpeza nas Dunas de Jauá, localizadas na Via Parque, na manhã desta segunda-feira (14/08). Do local foram retiradas toneladas de lixo e entulho.

 

As dunas estão inseridas na Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes/Ipitanga, além de integrar o Parque das Dunas de Abrantes/Jauá, decretado pelo poder público municipal. A iniciativa de realizar a ação de limpeza foi do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM), que agendou a intervenção após uma reunião na última sexta-feira (11) com o vereador Gilvan Souza, o presidente da Limpec, Aldene Motta, e com prepostos de Secretaria de Serviços Públicos (Sesp).

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Genci da ApaYpitanga e Joel Pereira COMAM 

Para o presidente do COMAM, Joel Pereira, o primeiro passo foi dado com sucesso. “Para resolvermos esse problema aqui, precisávamos começar e hoje foi um start, agora é dar continuidade, sobretudo na questão da fiscalização. Nossa movimentação vem surtindo o efeito desejado, o que mostra que estamos no caminho certo, todavia, para sua limpeza total precisaremos ajustar as questões de segurança no local. O diálogo com o poder público tem acontecido dentro de um clima de cordialidade e respeito mútuo, buscando sempre a defesa dos interesses da sociedade civil organizada, na proteção ao meio ambiente”, ressaltou.

A ação contou com a participação efetiva de moradores de Jauá. “Um lugar lindo como esse, mas as pessoas não respeitam, colocaram uma cerca que foi roubada, levaram quase todas as estacas. Eu viajo de madrugada e quando passo por aqui não tem segurança, fiscalização, câmeras que filmariam tudo até a placa. Eu acho que Abrantes e Jauá estão abandonadas, isso aqui virou um lixão. É preciso polícia e multa alta”, pontuou o morador da Via Parque, Paulo Assef.

O gestor da APA Joanes-Ipitanga, Geneci Braz, salientou que a presença da sociedade civil é de fundamental importância. “Se caracteriza com uma força e divisão de todos. A questão ambiental não é só uma responsabilidade do poder público, mas temos todo uma coletividade envolvida nisso. Então é uma ação importante no sentido de retirar todo esse material, que está aqui a bastante tempo, que traz um impacto não só paisagístico, mas também ambiental significativo, no contexto das dunas, das restingas, da infiltração de água do solo, da própria poluição. Esperamos e vamos contribuir para que se torne algo rotineiro. É necessário fortalecer ações educativas, junto à comunidade, no sentido de trazer isso como uma responsabilidade de todos, então que o ambiente fique limpo, digno e decente para todos”.

Também presente no mutirão de limpeza, estava Suzana Torres, membro da Comissão de Meio Ambiente Seccional Bahia da OAB. “Estamos aqui nessa luta, nessa batalha entre meio ambiente e desenvolvimento econômico. Sabemos que é complicado trabalhar questões ambientais sem travar o desenvolvimento. E essa ação aqui não é só fiscalizadora, mas atuante, temos que atuar ativamente, porque sem ação não fazemos nada, não adianta só tirar foto. Esse Parque das Dunas é contraditório, porque chamamos de parque, mas o que vemos é um lixão. As pessoas estão vendendo seus imóveis com medo de passar aqui, então isso é muito triste. Retirar o lixo é a parte mais fácil, o difícil é manter isso aqui limpo”, disse.

Pensando no turismo da região, o empresário e presidente da Associação Comercial de Turismo de Jauá, Narcélio Carvalho, exaltou que além da limpeza, é preciso outras intervenções. “Existe um problema histórico de roubo de areia, esse do descarte de lixo, e a Associação está envolvida no processo de ordenar a Via Parque que está sem calçadas, tomadas pelo mato. A gente precisa mudar essa situação porque essa via é a porta de entrada do turismo de Jauá e Camaçari. Um turista que veja uma situação dessa não vai achar lindo e nem vai querer retornar”, concluiu.

 

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