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Agentes de Cultura de Camaçari participam de Audiência Pública para debater Plano Municipal

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A Comissão de Cultura, Desporto e Lazer da Câmara de Vereadores de Camaçari presidiu uma Audiência Pública na tarde da última segunda-feira (09/05), para tratar do Plano Municipal de Cultura, que deverá ser utilizado por 10 anos após aprovação. Além dos vereadores, participaram conselheiros de cultura, a comunidade artística e a sociedade civil.

A iniciativa teve com finalidade abrir o debate sobre o Plano para a construção de um documento que atenda a demanda de todos fazedores de cultura do município. “É importante ressaltar que em nenhum momento chegamos com o intuito de impor qualquer coisa, o sentimento que sempre nos norteou foi o sentimento de construção coletiva. Essa minuta passou por três modificações dentro do próprio Conselho e pretendemos depois realizar conferências, vamos fazer a checagem do que está dando certo, e o que não está dando certo, de que forma podemos modificar, mas o destino é o mesmo, o caminho é que vamos construir de acordo com nossas andanças”, ressaltou um dos palestrantes, o subsecretário de Cultura de Camaçari, Luciel Neto.

O presidente da comissão de elaboração do Plano Municipal de Cultura e técnico da Secult, Ismael Bernardo, falou sobre o trabalho realizado pela pasta em 16 reuniões presenciais com a participação de diferentes segmentos culturais. “Nós começamos o Plano na verdade lá atrás quando eu tive a oportunidade de acompanhar 19 projetos do edital de cultura, e nesse momento nós já começamos a receber sugestões. Lá em 2019, quando conversei com a secretária sobre a possibilidade de implantar um Plano, só faltava isso, porque nós temos tudo, temos um fundo municipal, secretaria, sistema de cultura implantado, e a primeira coisa que Márcia Tude me falou foi que o Plano tinha que ser transparente, democrático e com mecanismos para auxiliarmos os fazedores de cultura de forma permanente”, explicou.  

A Secretária de Cultura de Camaçari, Márcia Tude, em sua fala pontuou que o Plano Municipal tem conexão com os planos nacional e estadual. “Nós focamos em três dimensões de atuação, a cidadã que é a que nos trás mais acesso, a simbólica que a dimensão da expressão, a focamos também na econômica que é a geração de emprego e renda, já que ele foi construído na pandemia, e é muito importante para a gente que os benefícios cheguem na ponta, e para o Plano ficar didático dividimos em cinco eixos estruturantes. O acesso a equipamentos, serviços e oportunidades na cultura, editais inclusive. O fomento que é o apoio e incentivo financeiro para a realização de atividades culturais. Os benefícios, hora na pandemia vimos a importância de uma política de benefícios para a comunidade cultural de Camaçari. A qualidade porque a gente precisa qualificar tanto o conselho, quanto a sociedade civil, os agentes culturais e também a economia da cultura, que está na geração do campo de emprego e renda”, detalhou.

A plenária participou efetivamente da audiência tendo direito a fala. “Em 2012 aqui teve uma sessão que estava justamente tratando a inserção de políticas culturais, Naquela época teve aqui um samba de roda, um maculelê, uma atividade voltada justamente da cultura popular, cultura essa que na maioria das vezes não é vendável, é palpável, mas ela por si só não se vende, e até que ampliou um pouco mais ao longo da história, por conta das políticas públicas implantadas em 2006 pelo governo federal. E nesse período fiz um questionamento a Câmara Municipal, aos agentes que estavam aqui naquele momento, sobre qual foi deles que interferiu diretamente na vinculação de recursos para a promoção, manutenção e valorização da arte, da cultura? E é essa pergunta que peço aos senhores que fazem parte da Comissão de Cultura, Esporte e Lazer dessa Casa possam fazer quando o orçamento for para lá para ser feita a leitura”, destacou Bispo da Cultura.

Os vereadores Tagner (PT), Gilvan Souza (PSDB), Ivandel Pires (Cidadania), Flávio Matos (União), e Niltinho (PSDB), que presidiu a Audiência Pública como presidente da Comissão de Cultura, Desporto e Lazer, discursaram sobre a importância da atividade e da necessidade da Casa ampliar o apoio a classe artística de Camaçari. Após todas as falas foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao Mestre Sardinha, que faleceu no último sábado (07/05).

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