A gestão pública é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer sociedade. É por meio dela que políticas públicas são implementadas, serviços essenciais são prestados e os recursos públicos são administrados. No entanto, para que essa engrenagem funcione de maneira eficiente, é indispensável que os setores estratégicos da administração sejam ocupados por uma equipe técnica bem estruturada, com profissionais qualificados e comprometidos com a entrega de resultados concretos.

Os pilares básicos de uma boa gestão incluem planejamento, eficiência, transparência e responsabilidade. Sem um planejamento sólido, as ações do governo se tornam dispersas e ineficazes, resultando em desperdício de recursos e insatisfação da população. Definir metas claras e estabelecer mecanismos de acompanhamento e avaliação dos resultados são práticas indispensáveis para garantir que as políticas públicas realmente cumpram seu papel.

Outro ponto essencial para a continuidade e aprimoramento da gestão pública é a valorização dos servidores efetivos. Esses profissionais acumulam conhecimento técnico e experiência ao longo dos anos, garantindo estabilidade e eficiência na administração. Aproveitar esse capital humano é fundamental para evitar desperdício de tempo e recursos com descontinuidade de processos e retrabalho. Uma gestão que ignora os servidores concursados em favor de indicações políticas sem critério técnico compromete a qualidade do serviço público e prejudica diretamente a população.

Um dos erros mais comuns cometidos por gestores eleitos é a fragmentação da administração pública, onde secretarias e órgãos estratégicos são entregues a aliados políticos sem critérios técnicos, apenas como moeda de troca por apoio eleitoral. Essa prática compromete seriamente a qualidade da gestão, pois coloca pessoas despreparadas em posições de grande responsabilidade, resultando em decisões equivocadas, falta de inovação e desperdício de oportunidades de melhoria.

Além disso, um bom gestor deve entender que a continuidade de políticas públicas bem-sucedidas não é uma questão de vaidade ou disputa política, mas de compromisso com a população. Desconsiderar projetos e ações eficazes apenas porque foram implementados por um governo anterior é uma atitude pouco inteligente e prejudicial à sociedade. Boas ideias devem ser aprimoradas e ampliadas, independentemente de quem as iniciou. A gestão pública não pode ser refém de interesses políticos, mas deve estar sempre focada no que realmente traz benefícios para as pessoas.

A política e a gestão pública precisam caminhar juntas, mas de forma equilibrada. A condução política de um governo é necessária para a construção de consensos e a articulação entre diferentes setores da sociedade, mas a gestão precisa ser técnica e focada em resultados. Quando um gestor entende essa dinâmica e estrutura sua equipe com base na competência e na eficiência, os impactos positivos se refletem na qualidade de vida da população e na construção de uma cidade mais justa e funcional.