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Setembro Amarelo: Câmara reúne especialistas e comunidade para debater depressão

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Lotado, assim estava o Teatro Alberto Martins, durante a Audiência Pública com o tema “Vamos Falar Sobre Depressão?”, promovida pela Câmara Municipal de Camaçari, nesta quinta-feira (05).

Proposta pelo vereador Marcelino (PT), e presidida pela Comissão de Saúde da Casa Legislativa Municipal, a atividade teve como objetivo debater sobre o tema depressão, informando dados estatísticos, esclarecendo dúvidas, expondo ideias e soluções para evitar e combater a doença.

“O que nos levou a realizar esta audiência foram os altos índices de depressão nos dias de hoje. No mundo, 300 milhões de pessoas sofrem desse mal; no Brasil, são 12 milhões, país campeão em casos de depressão na América Latina. Dados que nos preocupam e alertam, pois a depressão é a principal causa de suicídio no mundo”, iniciou o vereador Marcelino.

“A depressão pode estar bem pertinho de você, na sua casa, rua ou escola. Não é um assunto para ser desrespeitado ou tratado com brincadeira. Devemos entender que é uma doença e deve ser tratada e curada. E é isso que vamos debater hoje”, prosseguiu o parlamentar.

A primeira palestrante, a psicóloga Infanto Juvenil, Beatriz Sena, iniciou enfatizando que as abordagens sobre a doença devem ser feitas de maneira correta e com seriedade, principalmente entre os jovens. “A depressão infantil e entre os adolescentes pode ser notada em diferentes sinais, como tristeza profunda, perda do prazer em realizar coisas que anteriormente eram prazerosas para eles, irritabilidade excessiva, agressividade, isolamento, alteração no sono e no apetite, queda no rendimento escolar, entre outros. Precisamos ficar atentos a estes e outros sinais”, esclareceu a profissional.

A atividade contou ainda com a explanação da coordenadora de saúde mental da Secretaria da Saúde de Camaçari, a assistente social Márcia Cosme, também terapeuta de família, especialista em saúde mental, álcool e outras drogas. Na ocasião, a profissional informou sobre os locais onde são disponibilizados tratamentos de doenças psicossociais e mentais, assim como toda a estrutura oferecida no município. “Temos os CAPs, Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família, UPA, Academia de Saúde, Policlínica, com profissionais, como psicólogos, psiquiatras e terapeutas. Oferecemos procedimentos como acolhimento, atividades em grupos, oficinas, atendimento domiciliar, orientação medicamentosa, entre outros”, informou. 

Além dos profissionais da área de saúde, a Audiência contou com a presença expressiva de estudantes do município, que participaram fazendo perguntas aos profissionais. O estudante universitário Marlon Tolentino questionou sobre um tema bastante polêmico entre os jovens, o bullying. “Tenho grande preocupação quanto a este mal que tem sido cada dia mais frequente nas escolas. Discutimos muito como cuidar da vítima, mas como devemos lidar com os jovens que praticam o bullying, sem incidir negativamente sobre eles?”, indagou.

“Devemos nos preocupar tanto com quem sofre como com quem pratica o bullying. E é aí que entra a família. Os pais precisam identificar no filho de onde vem tanto sofrimento e agressividade, e o que eles sentem. Isso se obtém com diálogo, brincadeiras e observações diárias. O profissional entra para auxiliar, fortalecendo o relacionamento entre pais e filhos e auxiliando na tomada de decisões”, respondeu a psicóloga Beatriz Sena.

O vereador Oziel (PSDB), membro da Comissão de Saúde da Câmara, corroborou comentando sobre a importância do diálogo na família. “É preciso que pais e filhos conversem entre si, que haja contato direto, atenção, atitude eficaz para evitar e tratar a depressão. A tecnologia tem afastado as pessoas dentro das suas próprias casas, é preciso utilizá-la de forma inteligente e proveitosa. Vamos ter cuidado principalmente com aquelas pessoas que estão ao nosso lado”, enfatizou.

A Audiência Pública contou também com a participação da terapeuta integrativa Elisângela França, da psicóloga clínica Márcia Vital e da psicóloga Mirian Brito. A atividade foi parte da Campanha Setembro Amarelo, mês de prevenção de combate ao suicídio, realizada pela Câmara Municipal de Camaçari.
 
 
 

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