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Política brasileira

 

É notório a distancia entre o mundo real e a determinação dos políticos brasileiros no desempenho dos mandatos e o esforço para se manter no poder ou próximo dele. Alguns chegam ao extremo para não se distanciar da condição de executor e/ou de representação consignado pela Constituição.

Vamos a exemplos significativos do assunto.

 

Luiz Inácio da Silva se constituiu presidente do sindicato do metalúrgico do ABC paulista e se manteve no cargo até se dedicar a formação do Partido dos Trabalhadores e pleitear um cargo eletivo em direção ao executivo federal.  Vencido por duas oportunidades abdicou da postura e do discurso de até então para aproximar-se do centro e assim alcançar seu intento. No cargo buscou uma convivência próxima às agremiações retrogradas das práticas políticas, abrindo espaços para concessões, distanciando dos blocados que um governo sério praticaria. As intenções dessa mudança são relatadas em diversos círculos a exemplo de condições de governabilidade afastando as resistências, preparar o país para uma guinada instrumentalizada para os princípios da esquerda, manter a hegemonia política do PT por décadas.

 

Não vou entrar no mérito da avaliação de um governo que demandou um desenvolvimento social e econômico do Brasil, dando voz aos trabalhadores, resgatando os direitos das minorias (empregadas domesticas, ambulantes, negros, LGBT, favelados, etc) vou fixar na questão do título.

 

Lula se tornou maior que o PT e passou a imaginar que maior que o Brasil. Esqueceu ser um ser humano envelhecivel, portanto necessitaria de seguidores com capacidade e notoriedade para lhe suceder e manter o trabalho no mesmo nível. Não. Considerou que indicaria e manteria a orientação. Deu no que deu. Dilma era comparada o tempo todo com os feitos de Lula e os agraciados anteriormente já não eram satisfeitos buscando manter o sentimento insaciável do poder e das facilidades. Dai uma porta aberta a articulações e movimentos para o destrono das pretensões petistas e partidos aliados. Fruto de uma neurose a política brasileira pende para o centro nas eleições estaduais e municipais, posteriormente para a operação imoral para que a direita chegue ao poder com Bolsonaro.

 

Independente do quadro em que se desenhou as eleições presidenciais, Bolsonaro detinha um número significativo de seguidores e poderia alcançar os partidos de centro com facilidade, assim como empresários e a população da periferia dos grandes centros, caso segue o que prescreve a cartilha da direita. Pelo contrário iniciou confrontos com o parlamento, com demais poderes constituídos e internamente com seus colaboradores. Inexplicavelmente patrocinou a contramão da politica sanitária recomendada por especialistas e adotado nos demais países, e ajoelhou-se na casa branca ao ponto de prestar continências à bandeira americana. Quem viver verá no que vai dá.

Que DEUS e os Orixás nos protejam.

 

Adelmo Borges dos Santos

 

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